
A empresa diz que esse número deve ficar menor nesta semana, apesar de a paralisação prosseguir. Isso porque “os Correios fizeram uma força-tarefa de fim de semana para adiantar a entrega”, como informou a empresa ao R7.
- Os Correios estão priorizando a entrega das faturas quando há conhecimento da data do vencimento. As concessionárias e bancos avisam a data do lado de fora das cartas e corremos para evitar prejuízo.
Os Correios dizem que em torno de 30% de seus 108 mil funcionários estão parados. Eles exigem reajuste nos salários e melhores benefícios. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) diz que número de empregados de braços cruzados é maior: 70%.
José Gonçalves de Almeida, o Jacó, diretor da Fetcesp e membro do comando de negociação, afirma que os trabalhadores querem um aumento de 7,16% nos salários e mais 24,76% referentes a uma reposição de perdas salariais dos anos de 1994 e 2002. Os Correios ofereceram reajuste de 6,87%.
Para evitar dores de cabeça com multas e juros, o brasileiro que recebe contas em casa deve procurar as empresas prestadoras de serviço – distribuidoras de água, luz, empresa de telefonia, entre outros – para negociar uma forma alterna de receber a fatura ou renegociar o prazo para pagamento.
Patricia Petrilli, supervisora de serviços essenciais do Procon-SP, diz que os clientes que se sentirem lesados devem procurar os órgãos de defesa, mas que não é recomendável ficar esperando as contas chegarem, porque elas podem nunca chegar.
- O consumidor não pode ser onerado [pela greve dos Correios] porque é uma situação que não depende dos consumidores. A gente orienta que se o consumidor já sabe qual é a data de vencimento, ele se antecipe e procure outra forma de efetuar o pagamento para não ter problema. Ele tem que tentar conversar, ir até a loja ou ao banco.
Os Correios estimam que deverão deixar de circular pouco mais de 60 milhões de correspondências por dia nas próximas semanas – e a greve não tem previsão para terminar.
Em nota divulgada na sexta-feira (16), a Fentect diz que “não haverá recuo até que as reivindicações sejam atendidas”.
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