quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bradesco e Banco do Brasil se unem para atuar África


O Bradesco e o Banco do Brasil decidiram fazer uma aliança para iniciar atividades na África. O veículo utilizado será as operações do português Banco Espírito Santo (BES) no continente. De acordo com o comunicado ao mercado, a intenção dos bancos é participar de uma holding financeira que irá coordenar os investimento dos bancos em toda a África.
A operação, que neste momento é apenas um memorando de entendimentos, dependerá de estudos técnicos e jurídicos para ser concretizada. O Bradesco é o segundo maior banco privado brasileiro e o Banco do Brasil é a maior a instituição financeira do país. Ambos os bancos estão atrasados em sua política de internacionalização.
O Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 4,602 bilhões no primeiro semestre deste ano. O Banco do Brasil anuncia nesta semana seu lucro. No primeiro trimestre deste ano a instituição teve um lucro de R$ 2,35 bilhões.
A parceria vai permitir aos brasileiros levar para o continente africano a experiência de bancarização, ou seja, ampliação do acesso a produtos e serviços bancários.
Segundo o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, “a África é a última fronteira de desenvolvimento do mundo. Temos muito o que aplicar do que aprendemos sobre bancarização no Brasil por lá”, afirmou.
O BES entrará, nesta holding, com as atuais operações --que tiverem lucro de US$ 200 milhões no ano passado. Bradesco e BB deverão trazer dinheiro novo. Ainda não foi definido se o BES levará parte do dinheiro com a venda de suas operações na África. Os valores e a participação de cada um ainda serão definidos.
A partir dessa holding, os parceiros avaliam novas aquisições em outros países do continente. “Não terá outro jeito, a África vai se desenvolver”, disse também o presidente do Bradesco.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar que os bancos brasileiros devem aproveitar o cenário econômico para expandir sua presença no Exterior. Ele participou do anúncio de parceria para atuação na África.
Mantega destacou que a “solidez” das instituições brasileiras permite que elas mirem outros mercados, inclusive o norte-americano.

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